Considerado uma das bebidas mais populares e mais consumida no mundo inteiro, perdendo apenas para a água, o café é de origem africana, das terras da Etiópia, Cefa e Enária.
A bebida dispõe de diversos tipos de grãos, entre eles, o arábica e robusto. Também há algumas derivações de café, como cappuccino, espresso, mocha, café gelado, café com leite, entre outros.
Há muito a ser falado sobre a história do café, já que a bebida deixou marcas importantes por todo o mundo. Tanto que o café é uma tradição cultural mundial.
Pessoas consomem café diariamente e já é uma bebida considerada indispensável no cardápio do ser humano. Conheça, nos próximos parágrafos, um pouco mais sobre a história do café.
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Lenda sobre a história do café
Não há registros considerados oficiais a respeito da origem do café. O que se pode falar é que o café é uma planta originalmente das regiões da Etiópia, mais precisamente, Cafa e Enária.
Existe uma crença de uma lenda sobre a origem do café, que consiste no seguinte: a descoberta do café foi feita por um pastor, chamado Kaldi, que percebeu algo diferente entre as plantas.
Enquanto alimentava as cabras com um fruto amarelo-avermelhado, notou uma mudança de comportamento nos animais, que ficaram mais dispostos e animados conforme iam comendo o fruto.
O pastor desconfiou do fruto e resolveu levar a um monge, que, de primeira, não gostou do fruto. Porém, houve uma segunda chance quando as folhagens foram jogadas na fogueira, soltando um aroma muito gostoso que atraiu os monges.
Uma outra versão da lenda conta que o pastor levou os grãos ao monge, que, logo de cara, despertou interesse e preparou uma infusão com as folhagens e frutos.
Ao consumir a bebida, o monge constatou que, de fato, tinha um efeito de agitação. A partir daí, passou a usar a bebida em rituais, como em noites de reza.
Há outros registros que afirmam que o consumo do café se deu por volta de 575 d.C, que foi na mesma época que surgiram as outras lendas sobre o café.
O povo etíope, nessa época, se alimentava do fruto. Aproveitava-se quase tudo do fruto. A polpa era consumida nas refeições. Eram feitos sucos com o fruto, que, quando entravam no processo de fermentação, se transformavam em bebidas alcoólicas.
As folhas do fruto eram mastigadas ou usadas para fazer chá. Desde sempre, o processo de infusão era utilizado pelos povos. Este processo consiste em deixar o grão ou pó submerso na água durante um tempo, para que obtenha-se o sabor desejado.
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Significado e origem da palavra “café”
A planta é de origem africana. Porém, foi no Iêmen, situado na Arábia, que a planta começou a ser cultivada, de fato. A história do café começa pela criação do nome, cuja origem é árabe.
A planta era conhecida como Kaweh e a bebida era chamada de Kahwah ou Cahue, que significa força. Acredita-se que estes nomes foram escolhidos por terem semelhança com o efeito que a bebida proporcionava às pessoas.
A produção do café ficou restrita a territórios árabes por muito tempo. Desde sempre, o produto apresentava uma forte potência econômica.
Por possuir características estimulantes e a possibilidade de virar uma nova droga, que fosse considerada uma ameaça à outras mercadorias, era visto como uma oportunidade.
Naquela época, a bebida era consumida principalmente pelos monges durante rituais religiosos. Por sua potência de manter alerta, auxiliava nas rezas e vigílias noturnas.
O café era conhecido como vinho da arábia e ascendeu comercialmente no século XVI, no Moka, que é o principal porto do Iêmen. Foi o responsável pelo maior cultivo do produto em toda a região árabe e, também, o maior exportador.
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História do café no Brasil
O café chegou ao Brasil oficialmente em 1727, na cidade do Pará. Porém, foi cultivado em Belém. A planta foi trazida pelo militar Francisco de Melo Palheta.
A partir daí, se deu o ciclo do café, juntamente com a expansão das lavouras de café, no período do Brasil Império. No início do século XIX, o café se tornou a maior fonte de riqueza do país e, também, um dos maiores exportadores.
Nos anos consecutivos, o café se expandiu para o Maranhão e Rio de Janeiro. Lá, foi cultivado na Chácara do Convento, denominada Convento dos Frades Barbadinos. Por volta de 1820, chegou à outras cidades do Brasil, como São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná.
A abolição da escravatura no Brasil, juntamente com a proibição do tráfico de escravos, gerou falta de mão de obra para a indústria cafeeira. A tentativa de comprar escravos em todas as cidades logo foi barrada por lei.
Os fazendeiros que possuíam comércio mais próspero começaram a utilizar mão de obra de imigrantes estrangeiros europeus, que, na época, gerava mais lucro que a mão de obra escrava.
Em 1845, o Brasil já produzia cerca de 45% do café mundial. No ano de 1947, chegaram os alemães, suíços, belgas e portugueses. A vinda de imigrantes para o Brasil gerou uma grande crise política e revoluções na Europa.
O sistema de parceria entre os colonos e fazendeiros consistiu no seguinte: o colono tinha, por direito, metade do valor de produção dos lotes que eram cultivados, tendo que pagar ao fazendeiro o custo de viagem e sua estadia.
O fazendeiro dava ao colono as plantações que eram mais improdutivas e eram trapaceados na hora de dividir os lucros. Por este motivo, o combinado não foi para frente. Diversos colonos abandonaram as plantações.
Em 1870, o governo da cidade de São Paulo passou a financiar o transporte de imigrantes para o Brasil. Algum tempo depois, o governo imperial apoiou a cidade de São Paulo prestar suporte a imigração, que logo passou a predominar o trabalho assalariado.
A vinda da Corte foi positiva para a economia brasileira e industrialização do país. O cultivo do café em grandes cidades foi o responsável pela formação de núcleos urbanos no Brasil, sendo, até hoje, o Brasil um dos maiores produtores e exportadores de café do mundo, exportando para grandes potências, como EUA, Japão e Europa.